Com
passagens por Bahia e Guarani de Assunção, Vladimir comenta paixão
pelo
futebol, fala de homenagem recebida e conta sobre aventura como técnico
Homenageado
pelo Clube de Campo de Sorocaba como atleta sorocabano, com passagem pelo
Esporte Clube Bahia e Guarani de Assunção, hoje o craque nos Bastidores da Bola
é o jogador e técnico Vladimir Baptista.
Filho
de ex jogador, Vladi, como é chamado, herdou da família a paixão pelo esporte.
Jogando
profissionalmente como lateral direito, Vladimir já passou pelo Atlético de
Sorocaba, São Bento, Irati, Francisco Beltrão, Ponta Grossa, Rio Branco, Cuiabá
e União São João.
Hoje
ele joga nos times de várzea da cidade de Sorocaba. Além disso, atua como
técnico do time da empresa Toyota.
O
pai de família Vladimir abriu as portas da sua casa e recebeu os bastidores da
Bola, você acompanha a entrevista completa com Jéssica Santos.
Em
papo descontraído, jornalista relembra início, fala do sucesso do papo de
boleiro e revela “se não tiver frio na barriga na hora de fazer um
jogo, já era”
Mais
do que um repórter esportivo, mais do que apenas um papo, uma inspiração. Os Bastidores da Bola se sente honrado em receber o
mestre Fernando Fernandes, um grande motivo para a temática do nosso blog. Com
mais de 27 anos de carreira, Fernandinho, como é chamado, já passeou pela
faculdade de medicina, publicidade e se encontrou por fim no jornalismo. Atual
repórter esportivo da TV Bandeirantes e, apresentador do programa “Papo de
Boleiro”, esse craque tem seu espaço reservado aqui nos Bastidores. Ele contou
sua trajetória, suas dificuldades e deixou um recado para todos os futuros
jornalistas, seja ele esportivo ou não. Acompanhe essa incrível entrevista com
Guilherme Bonillia.
Macolin fala sobre paixão pelo Corinthians, fama da
torcida organizada e
glorifica o clube com música “não para, não para,
não para, vamo meu timão”
Hinos, gritos, lágrimas e muito sofrimento, é
assim definida a torcida corinthiana, o chamado bando de loucos. A nação.
O Grêmio Gaviões da Fiel foi fundado em 1º de
julho de 1969, e reúne hoje milhares de corações apaixonados pelo Sport Clube
Corinthians. “De tradições e glórias mil tu és orgulho dos desportistas do
Brasil”, eterno dentro do coração de vários brasileiros, o time conta hoje com
uma das maiores torcidas do Brasil. Os Bastidores da Bola reservou um espaço
especial para essa “família", a Gaviões da Fiel. Acompanhe com Jéssica Santos.
Mesmo
com pouca idade, Rossini relembra histórias, fala sobre “fama” da voz e
revela
sonho de cobrir uma copa do mundo “é um dos maiores eventos do planeta”
Apaixonado por futebol, mas sem muita
intimidade com a bola, sua opção foi transmitir essa paixão de um modo
diferente, através da voz forte e marcante. Caio Rossini, repórter esportivo da
Rádio Cruzeiro FM é mais um destaque nos Bastidores da Bola. Jovem e com uma
carreira enorme pela frente, ele abriu o jogo e contou seus sonhos e
experiências no mundo do futebol. Você confere a entrevista completa com
Jéssica Santos.
Eduardo Souza fala sobre lesões de jogadores, relembra passagens
por clubes do ABC e relata momentos engraçados no esporte
Medicina, esporte, amor e a realização de um
sonho. Da fase de residente para os campos do São Bernardo. Eduardo Souza,
médico desportivo, conciliou a profissão com sua maior paixão, o futebol.
Depois de marcar vários “gols de placa” na vida de alguns jogadores, ele abriu
as portas da sua carreira e contou como é atuar com a medicina no esporte.
Confira a entrevista completa.
Sem cartão vermelho, árbitro dá "sinal verde" aos Bastidores da Bola,
revela jogo mais marcante e conta história "maluca" com cachorro
Modelo profissional, professor, empresário e acima
de tudo árbitro aspirante FIFA, Guilherme Ceretta de Lima têm seu espaço
reservado aqui nos Bastidores da Bola. Nascido em Sorocaba, o árbitro fez sua estreia
pela Federação Paulista de Futebol em 2002 no jogo entre Ponte Preta e Paulista
pela categoria sub15/17. Com uma carreira de quase 15 anos, Ceretta é lembrado por
ter apitado a final do paulista de 2013 e por ter feito o jogo entre São Paulo e
Corinthians, onde o goleiro Rogério Ceni fez o seu 100º gol. Com muito bom
humor, Os Bastidores da Bola trocou ideia com essa fera e você acompanha aqui a
entrevista completa.
Diretor revela
dificuldades, relembra apoio de “São Carlos” e
recorda jogos memoráveis nos últimos anos
Amor, dedicação e pés no chão, hoje o espaço dos
Bastidores da Bola está reservado para uma das funções mais importantes de um
clube, a diretoria. Almir Laurindo, diretor do São Bento pela segunda vez, contou
sobre sua trajetória, sobre seu amor pelo azulão e relatou a importância do torcedor
para o clube. Acompanhe a entrevista completa.
Mesmo sendo lateral, jogador brinca "nas peladas eu prefiro jogar no ataque".
No profissional, gol de bicicleta foi o mais bonito da carreira
Hoje Os Bastidores da Bola deixou um espaço reservado para o craque Marcelo Cordeiro, atual lateral esquerdo do São
Bento. Com uma carreira que em 2015 completa 23 anos no mundo do futebol, o
carioca de Niterói revelou curiosidades sobre sua vida e os bastidores do
esporte. Acompanhe aqui a entrevista completa.
O experiente Marcelo é um dos destaques do São Bento em 2015
Com
passagem por São Bento, São Paulo e Seleção Brasileira, Ademir de Barros, o
famoso “Paraná”, conta detalhes e revela lembranças de sua trajetória no futebol
Quando
alguém pergunta a um velho amante do futebol se ele conheceu um jogador chamado
Ademir de Barros, a resposta certamente será não. Mas, se lhe perguntarem se
ele sabe quem é o Paraná que jogou no São Paulo e na Seleção Brasileira, a
resposta estará na ponta da língua: “sim, claro”.
Ademir
de Barros, mais conhecido como Paraná, é um ex-jogador de futebol que encheu os
olhos dos admiradores do esporte. Filho de Anísio Barros, também jogador,
mudou-se para Sorocaba ainda criança, onde começou a sua grande trajetória.
Considerado
um dos melhores pontas esquerdas da época de 70, teve passagem por vários
clubes. Entre eles, São Bento, São Paulo, Tiradentes-PI, Operário–MS, Colorado,
Londrina, Francana, Barra Bonita e a Seleção Brasileira.
Profissional
por quase 25 anos, nove deles de São Paulo, Paraná chegou a seleção em 1965,
onde jogou com grandes craques como Pelé, Garrincha e Jairzinho.
Hoje,
o pai de família Ademir nos contou um pouco de sua história. Acompanhe os
melhores momentos da entrevista em vídeo. Abaixo o bate papo completo com esse
grande nome do nosso amado futebol. O mito Paraná.
Os bastidores da bola: Por que
Paraná?
Paraná:
Eu sou de Cambará no Paraná e meu pai veio trabalhar aqui em Sorocaba. Depois
de algum tempo, ele foi buscar todos nós e eu vim morar no Bairro da Árvore
Grande. Quando cheguei aqui, eles perguntavam como era meu nome e eu respondia:
“meu nome é Ademir”. Aí falavam: “Ademir? Que nome difícil esse. De onde você
veio?” Eu dizia que tinha vindo lá do Paraná, aí começaram a chamar de Paraná e
ficou.
Os bastidores da bola: E como que
começou a carreira do Paraná no futebol?
Paraná:
A minha família, meus pais, meus tios, todos jogavam, inclusive eram
profissionais também. Meu pai foi eleito dois anos seguidos, 46 e 47, como melhor
jogador do norte do Paraná. Ele só não foi para a Portuguesa de Esportes porque
machucou. Então como a família toda jogava a gente já pega isso. Eu com 10 anos
já brincava no sábado lá junto com o profissional da Cambaraense. Daí vim pra
cá e aí aqui não tinha time de criança, lá em Cambará nós tínhamos um time, que
era “Ei de vencer”. Daí aqui eu formei um time que chamava “Vasco da Gama”. Eu
vim pra cá em 55 e em 55 mesmo nós fomos campeões do torneio do Sesi. Era o
campeonato de Primeiro de Maio, o jogo final era no dia Primeiro de Maio. Daí
quando eu fiz 14 anos meu pai falou comigo. “O pessoal do Barbera tá querendo
que você vá pra lá.” Eu ousei trabalhar na fábrica e jogar no time de lá. Eu
falei pra ele “o que você acha?” E ele falou “eu não acho nada, é você que
resolve se você vai ou não”. Eu falei “então eu vou”. Daí eu vim pro Barbera e
comecei a jogar no Barbera. A maioria dos jogadores eram veteranos, a maioria
servia pra ser meu avô ali naquele time. Então eu comecei com eles ali. Daí eu fui
lá pro São Bento. Eu fui pra lá e já ganhando um dinheirinho, uma ajudinha de
custo, começaram a me por pra treinar junto com o profissional. Eu estava com
16 anos, treinava junto com o profissional, inclusive o profissional treinava
só de manhã. Daí eu comecei a treinar com eles.
Os bastidores da bola: Como foi
para você com 16 anos estar no futebol treinando com pessoas mais velhas? Como
era esse convívio com o profissional?
Paraná:
Pra mim foi uma coisa normal porque eu já estava acostumado. Desde os 10 anos
eu já estava no meio dos boleiros, então a única coisa que eu gostava mesmo era
jogar. Eu treinava, batalhava. Aí quando eu estava com 16 anos, o São Bento foi
jogar na Aparecida do Norte e o técnico, que na época era o Rui de Souza, me
levou pra eu ficar no banco. Ai deu uma pauleira lá, ele pegou e falou assim
“pô, eu precisava de um atacante e não tem aí”. Aí o Cicinho que era o outro
goleiro falou pra ele “põem o Paraná!”. Então ele falou “não, ele é muito
magrinho, os caras vão quebrar ele lá.” O Cicinho insistiu mais um pouco, aí
ele concordou. Entrei e joguei alguns minutos.
Os bastidores da bola: E aí em 65
vem uma novidade na sua vida, a contratação do São Paulo. Como foi?
Paraná:
No campeonato de 64 que nós disputamos, ficou certo que o São Bento venderia um
jogador por ano. Tinha vendido o Picolé e o próximo que ia sair era o Nestor,
que inclusive já estava acertado com o Santos. Aí o São Bento foi fazer um
amistoso com o Santos, lá em Santos, e o Nestor já estava sentindo o tornozelo.
Aí eu falei pra ele “não vai, Nestor” e ele falou “não, eu vou porque eu quero
fazer minha despedida do São Bento.” Aí no jogo ele arrebentou o tendão de
Aquiles. Daí como ele não podia mais ser vendido, o escolhido fui eu. O Santos
queria que eu fosse para lá, mas aí o São Bento acertou com o São Paulo. Foi
uma troca. Eu fui para lá e o Bazzaninho veio para cá. Aí com três meses de São
Paulo, saiu uma convocação para a seleção brasileira e eu fui convocado pra ir.
Apesar
de jovem, Paraná foi um dos destaques do São Paulo na década de 70
(Foto: Arquivo Pessoal)
Os bastidores da bola: Falando de
seleção, você chegou em 66, depois de duas Copas muito boas para o Brasil. Mas
a de 66 a gente sabe que não foi tão boa quanto à de 58 e 62. Como que foi para
você essa experiência de estar no meio de grandes jogadores como o Pelé, por
exemplo.
Paraná:
Para mim foi normal, eu gostei. O que eu gosto é jogar. Não gosto de assistir
jogo, não frequento, eu gosto de jogar. Eu dizia que se eu conseguisse jogar na
seleção, eu ia jogar a mesma coisa de sempre.
Os bastidores da bola: E tem alguma
história na seleção que te marcou? Algum jogo?
Paraná:
Teve muita coisa que marcou. Na Copa de 66, nós perdemos para a Hungria e se
nós ganhássemos aquele jogo nós iríamos direto para a outra fase. Aí pegamos
Portugal e precisávamos ganhar. O técnico era o Fiola, mas quem comandava a
seleção era o pessoal do Rio de Janeiro. E aí nesse jogo eles viraram pro Fiola
e falaram “o time é seu, você que vai arrumar.” Eu lembro que nós estávamos no
departamento médico e o Fiola chegou e falou “deram o time para mim”. Mas
ninguém queria jogar, inventaram contusões. Aí ele chegou pra mim e pro Pelé e
eu falei para ele “eu vou pro jogo.” Mas ele não queria deixar porque eu tinha
machucado no amistoso antes da Copa. Levei doze pontos na canela. Aí o Mario
Américo falou assim “eu cubro a perna dele, ele vai pro jogo”. Aí chegou no dia
do jogo, naquela época não existia caneleira, eu coloquei só a meia mesmo e fui
pro jogo. No fim eu nem joguei. O time de Portugal era bem melhor que o nosso,
tinha mais vontade também. Perdemos de 3 a 1. O pessoal fala até hoje que fomos
desclassificados por Portugal. Na verdade, não foi. Nós fomos desclassificados
pela Hungria, porque se tivesse ganhado da Hungria estávamos na outra fase.
De Cambará para o mundo: Paraná chega à seleção com muita personalidade
(Foto: Terceiro Tempo)
Os bastidores da bola: Na volta
para o São Paulo, você foi bicampeão paulista de 70 e 71 com aquele timaço.
Como foi para você?
Paraná:
O que eu senti mais foi o campeonato de 67. Em 67, nós jogamos contra o
Corinthians e aí a gente chegou no Pacaembu e tinha entre 20, 25 torcedores do
Corinthians e o estádio inteiro só com torcedores do São Paulo. Nós fizemos 1 a
0, depois o Corinthians empatou no finalzinho. Aí ficamos para decidir contra o
Santos, e o time do Santos era dez vezes melhor do que o nosso. Daí perdemos de
2 a 1 na final. Esse foi o que eu mais senti. Aí em 70 nós fomos campeões em
Campinas, jogamos lá contra o Guarani. Em 71 nós disputamos contra o Palmeiras
e fomos campeões. Nós jogávamos pelo empate, mas ganhamos de 1 a 0. Daí em 72
nós fomos vice-campeões invicto, não perdemos nenhum jogo durante o campeonato
todo. O Palmeiras foi campeão.
Os bastidores da bola: Depois de 72
e 73 você foi escolhido pelo São Paulo como um dos melhores pontas esquerdas
que teve no time. Como foi essa sensação para você?
Paraná:
Para mim é a mesma coisa. É bom só para não se esquecer da gente. Eu acho que o
São Paulo teve ponta esquerda melhor. O Teixeirinha, Zé Sérgio, Canhoteiro,
sempre teve bons pontas esquerdas.
Os bastidores da bola: Após 72, 73,
você saiu do São Paulo, por quê?
Paraná:
Eu tava muito tempo lá no São Paulo. E no São Paulo acontece muito disso, só
agora com o advento do Rogério Ceni que não acontece tanto. Chegou uma época lá
que tudo o que acontecia era o Paraná, porque eu era o mais velho do time. O
que mais tinha tempo de clube. Aí tinha um pessoal que ia num bar bebe e vieram
falar que eu que tinha levado os caras beber lá, só que eu morava do outro
lado. Ai começou umas brigas e eu resolvi sair.
Os bastidores da bola: Após a
passagem pelo São Paulo, tem algum time que teve maior significância para você?
Paraná:
Depois de todos os times que eu passei, o melhor que eu joguei foi o Barra
Bonita. Eu até já tinha parado de jogar, ai me levaram pra jogar lá. Era 3º
divisão. Um clube organizado igual o São Paulo. Chegava no final do ano eles
pagavam férias, 13º salário, coisas que muitos clubes não faziam na época, era
só o São Paulo e o Fluminense. Lá em Barra Bonita também pagava. Ai eu
comentava com o presidente " Pô, Uva, os outros times não fazem isso. Não
paga 13º salário, não paga férias". Aí ele respondia "não, mas aqui a
gente paga direitinho". Lá era bom. Tinha time que eu ia jogar que
demorava 90 dias para pagar um mês, caso do São Bento. E lá não, o pagamento
era todo dia 10, se dia 10 caísse no sábado ou no domingo, na sexta eles já
pagavam. Então sempre tinha dinheiro.
Os bastidores da bola: Sobre os
bastidores, você tinha alguma mania como jogador, algum ritual, por exemplo,
hoje nós vemos velas no vestiário, rezas, três pisadinhas com o pé direito pra
entrar no campo. Você tinha alguma coisa que se você fizesse faria você entrar
mais confiante?
Paraná:
Não, a única coisa que eu fazia no campo quando eu entrava era me benzer e ir
pro jogo.
Os bastidores da bola: Quem é o
Paraná?
Paraná:
Bom, o Paraná é uma pessoa pai de três filhos. Duas filhas e um filho. A
Cinthia, a Cibele e o Juninho. Eu sou um daqueles caras que não tem magoa de
ninguém e gosta de tudo mundo. Ontem mesmo eu estava conversando no centro da
cidade e falei assim "antigamente era diferente. Você passava na rua,
chama o cara por apelido e ele respondia , agora não dá, tem muita gente
estranha em Sorocaba”. (risos)
Os bastidores da bola: Qual é o
maior sonho do Paraná?
Paraná:
Ah, meu sonho mesmo é morrer tranquilo. Faz seis anos que eu perdi minha
esposa, estou sozinho com os três filhos. Tô ai. Estou esperando até a hora que
o homem chamar a gente pra ir embora.
Os bastidores da bola: Você tem
algum arrependimento na sua vida?
Paraná:
Não, nenhum. Acho que se eu tivesse a chance de voltar em outra vida, eu volto
a jogar outra vez.
Ademir de Barros revela detalhes de sua carreira "se tivesse outra vida, queria jogar de novo"